Atuação Do Enfermeiro Frente Aos Fatores De Risco Para Síndrome Alcoólica De Wernicke-Korsakoff
Palavras-chave:
Síndrome Alcoólica de Wernicke-Korsakoff, Alcoolismo, EnfermagemResumo
Objetivo: Este estudo visa evidenciar, por meio de uma revisão da literatura científica, a atuação do enfermeiro no enfrentamento dos fatores de risco para a Síndrome Alcoólica de Wernicke-Korsakoff. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa. A coleta de dados foi realizada nas bases de dados eletrônicas da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e SciELO, com amostra composta por 9 artigos. Foram utilizados os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): Síndrome Alcoólica de Wernicke-Korsakoff, Alcoolismo e Enfermagem. A análise dos artigos seguiu os pressupostos de Ludke e André¹. Resultados e Discussão: As categorias encontradas foram: Cuidados de Enfermagem a pacientes alcoolistas portadores da síndrome, percepção da equipe de enfermagem dos fatores de risco e alcoolismo, e desenvolvimento da síndrome, evidenciando as competências e fragilidades dos profissionais da enfermagem no cuidado a esses pacientes. Considerações Finais: Observou-se que a atuação do enfermeiro se limita, muitas vezes, a procedimentos técnicos e normas institucionais, carecendo de um cuidado mais individualizado e voltado para as especificidades do paciente.
Downloads
Referências
1. LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
2. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global status report on alcohol and health. Geneva: WHO, 2014.
3. HECKMANN, W.; SILVEIRA, C. M. Alcoolismo: aspectos clínicos e terapêuticos. In: ANDRADE, A. G.; ANTHONY, J. C.; SILVEIRA, C. M. (org.). Álcool e suas consequências: uma abordagem multiconceitual. Barueri: Manole, 2009. p. 35-52.
4. CERUTTI, D.; RAMOS, S. P.; ARGIMON, I. I. L. Motivos para o consumo de álcool: uma revisão. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, v. 36, n. 1, p. 50-57, 2014.
5. BERRE, A. P.; FAMA, R.; SULLIVAN, E. V. Executive functions and memory impairments in alcoholism: a review of neuropsychological and neuroimaging findings. Alcoholism: Clinical and Experimental Research, Hoboken, v. 36, n. 8, p. 1-16, 2012.
6. VILLEGAS, V. F.; VARELA, M.; CAICEDO, B. Efectos del consumo de alcohol en adolescentes: una revisión. Revista Colombiana de Psiquiatría, Bogotá, v. 42, n. 3, p. 212-221, 2013.
7. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Relatório mundial sobre álcool e saúde. Genebra: OMS, 2010.
8. CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE E ÁLCOOL. Estatísticas sobre consumo e consequências do uso de álcool no Brasil. São Paulo: CISA, 2020. Disponível em: https://cisa.org.br. Acesso em: 22 maio 2025.
9. THOMAZ, D. C. et al. Síndrome de Wernicke-Korsakoff: revisão de literatura. Revista Neurociências, São Paulo, v. 22, n. 2, p. 278-285, 2014.
10. De la Monte SM, Kril JJ. Human alcohol-related neuropathology. Acta Neuropathol. 2014;127(1):71-90.
11. Gierski F. Effects of chronic alcohol consumption on episodic memory. J Clin Med. 2020;9(6):1814.
12. COSTARDI, J. V. et al. Impacto do consumo de álcool sobre a memória e o hipocampo. Revista de Psiquiatria Clínica, São Paulo, v. 42, n. 1, p. 28-34, 2015.
13. MONTEIRO, M. G. Consumo de álcool nas Américas: relatório da OPAS/OMS. Addiction, Hoboken, v. 116, n. 4, p. 794-802, 2021.
14. CLAPP, C. E. et al. Neurological consequences of chronic alcohol abuse: Wernicke–Korsakoff syndrome. Journal of Neurochemistry, Hoboken, v. 128, n. 5, p. 579-589, 2014.
15. ALMEIDA, T. S. et al. Encefalopatia de Wernicke: revisão de literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde, Goiânia, v. 13, n. 1, p. e6917, 2021.
16. NASCIMENTO, M. S. Encefalopatia alcoólica: aspectos clínicos e terapêuticos. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, v. 2, n. 9, p. 44-57, 2018.
17. CASSIANO, R. M. Síndrome de Wernicke-Korsakoff: revisão bibliográfica. Revista Saúde e Pesquisa, Maringá, v. 13, n. 3, p. 565-574, 2020.
18. GOMES, C. V. Encefalopatia de Wernicke: diagnóstico e tratamento. Revista Médica de Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 30, p. e30109, 2020.
19. GALVÃO, R. M. et al. Deficiência de tiamina e manifestações neurológicas. Revista Eletrônica Acervo Saúde, Goiânia, v. 12, n. 9, p. e4492, 2020.
20. LACERDA, L. C.; ROMANO, R. L. Vitamina B1 e distúrbios neurológicos. Revista Saúde e Desenvolvimento, v. 15, n. 1, p. 5-12, 2021.
21. CHANDRAKUMAR, M.; BHATIA, R. S.; NAGALLA, S. Encephalopathy of Wernicke: a review. Journal of the Neurological Sciences, Amsterdam, v. 404, p. 75-81, 2019.
22. NUNES, P. T. et al. Resposta neuroimune à exposição ao álcool: implicações na neurodegeneração. Revista de Neurociências, São Paulo, v. 27, n. 2, p. 182-191, 2019.
23. OISETH, S. K.; JONES, T.; MAZA, M. Clinical aspects of Wernicke–Korsakoff syndrome. Tidsskrift for Den Norske Legeforening, Oslo, v. 142, p. 1521-1528, 2022.
24. HAIS, V. et al. Memory disorders in Wernicke–Korsakoff syndrome. Journal of Neuropsychology, Hoboken, v. 4, n. 1, p. 1-15, 2010.
25. VARELLA, D. Alcoolismo. Drauzio Varella – Site Oficial, 2011. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br. Acesso em: 22 maio 2025.
26. MELLO, M. L. Alcoolismo: diagnóstico e tratamento. Revista Brasileira de Medicina, Rio de Janeiro, v. 70, n. 2, p. 64-69, 2013.
27. CABALLO, V. E. Manual de avaliação e treinamento das habilidades sociais. São Paulo: Santos, 2010.
28. MARTINS, L. C. et al. O impacto do alcoolismo na família: revisão bibliográfica. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 46, n. 6, p. 1468-1475, 2012.
29. MORAES, C. L. et al. Violência familiar e consumo de álcool: estudo com famílias atendidas na atenção básica. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 32, n. 12, p. e00174815, 2016.
30. GUIMARÃES, A. N. et al. Terapia cognitivo-comportamental no tratamento do alcoolismo: revisão integrativa. Revista Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, v. 16, n. 4, p. 879-887, 2014.
31. FALCAO, T. M. O papel dos Centros de Atenção Psicossocial no tratamento de dependentes de álcool. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, João Pessoa, v. 19, n. 2, p. 157-165, 2015.
32. PINTO, L. F. et al. O papel da atenção primária no cuidado ao alcoolista: revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 11, p. 3741-3752, 2018.
33. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas do tabagismo, do uso nocivo e da dependência de álcool e outras drogas. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
34. MENDES, K. D. S.; PEREIRA, V. M.; GALVÃO, C. M. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto – Enfermagem, Florianópolis, v. 17, n. 4, p. 758-764, 2008.
35. POLICK, M. S. O enfermeiro frente à síndrome de abstinência alcoólica: revisão integrativa. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, Divinópolis, v. 2, n. 3, p. 377-385, 2012.
36. ALVES, V. S. et al. O papel do enfermeiro no cuidado ao alcoolista: revisão integrativa. Revista Enfermagem Contemporânea, Salvador, v. 3, n. 1, p. 38-46, 2014.
37. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (Brasil). Resolução nº 543, de 18 de abril de 2016. Aprova o dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem. Brasília: COFEN, 2016.
38. Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al. The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ. 2021;372:n71.
39. GUIMARÃES, T. M. R.; SANTOS, C. S. S.; CORRÊA, C. A.; PIMENTEL, D. R.; SANTOS, D. C. D.; SANTOS, E. D. F. Cuidados de enfermagem a um paciente alcoolista portador da Síndrome de Wernicke-Korsakoff: estudo de caso. Revista Online de Pesquisa Cuidado é Fundamental, Rio de Janeiro, v. 11, n. 1, p. 283-290, 2019.
40. THOMAZ, K. C. V.; CORGOZINHO, M. L. M. V.; SALDANHA, P. V.; PAIVA, A. M. R. Alcoolismo e deficiência de tiamina associada à Síndrome de Wernicke-Korsakoff. Revista Uningá, Maringá, v. 20, n. 1, p. 34-40, 2014.
41. ORSINI, M.; FREITAS, M.; REIS, C. H. M.; GUIMARÃES, A. L.; SILVEIRA, V. C.; SANT’ANNA JUNIOR, M.; CATHARINO, A. M. S.; LEITE, C. A. A.; ROSA, A. L. G. Aspectos clínicos, achados de imagem e proposta terapêutica na Síndrome de Wernicke-Korsakoff: estudo de caso. Revista de Ciências Biológicas e da Saúde, Rio de Janeiro, v. 4, n. 2, p. 45-50, 2022.
42. SOTILI, M. Abuso de álcool e Síndrome de Wernicke-Korsakoff: repercussões cognitivas e na qualidade de vida dos familiares de alcoolistas. 2016. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2016.
43. TEDESCO, L. Q. B.; CARDOSO, A. L.; NOVAES, C. S.; SANTOS, A. V.; CARDOSO, R. L.; GALVÃO, G.; MEDEIROS, L. T. L.; DORO, M. C. C.; NAVARRO, E. C.; DITTRICH, A.; ROCHA, M. R. A.; PRADO, C. C.; OLIVEIRA, C. I. Problemas do uso abusivo do álcool com ênfase na Síndrome de Wernicke-Korsakoff. Enfermagem: Autonomia e Processo de Cuidar, v. 5, n. 2, p. 89-96, 2022.
44. CARVALHO, E. R. O enfermeiro e a assistência ao paciente etilista. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Enfermagem) – Universidade Anhanguera-Uniderp, Campo Grande, 2019.
45. SILVA, S. E. D.; PADILHA, M. I.; CUNHA, N. M. F.; VASCONCELOS, E. V. O alcoolismo nas pesquisas da enfermagem brasileira. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, Brasília, v. 6, n. 3, p. 1948-1964, 2015.
46. NINDITI, A. A. Percepção do enfermeiro na Estratégia Saúde da Família frente ao alcoolismo. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Enfermagem) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2019.
47. BARBOSA, N. L.; MANGUEIRA, S. O.; ALBUQUERQUE, J. G.; GUIMARÃES, F. J. Cuidado de enfermagem a pacientes alcoolistas: percepções da equipe de Enfermagem. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde, Vitória, v. 15, n. 4, p. 6-14, 2013.
48. Stetler CB, Brunell M, Giuliano KK, Morsi D, Prince L, Newell-Stokes V. Evidence-based practice and the role of nursing leadership. J Nurs Adm. 1998;28(7-8):45-53.
49. SOUZA, A. C. Teorias de enfermagem aplicadas ao cuidado de pacientes com doenças neurológicas. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 67, n. 3, p. 408-414, 2014.
50. VARGAS, D.; OLIVEIRA, M. A. F.; LOPES, G. T. Atitudes de enfermeiros frente ao cuidado ao dependente químico. Revista de Enfermagem da UERJ, Rio de Janeiro, v. 22, n. 2, p. 196-202, 2014.
51. SANTOS, D. A.; MARQUES, A. I. Assistência de enfermagem a pacientes com transtornos decorrentes do uso de álcool. Revista Enfermagem Atual In Derme, Rio de Janeiro, v. 80, n. 2, p. 45-52, 2016.
52. FREITAS, M. de et al. Resultados do tratamento da Síndrome de Wernicke-Korsakoff em pacientes alcoolistas e não alcoolistas: estudo comparativo. Revista de Ciências Biológicas e da Saúde, Rio de Janeiro, v. 4, n. 2, p. 51-58, 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Journal of Latin American Medical Sciences

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
-
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.